sábado, 25 de setembro de 2010

TEXTO DE EDA FAGUNDES PSICOLOGA

RELACIONAMENTOS IMPLICAM EM PERIGO?
Através das cartas que recebo periodicamente dos leitores deste site, pude observar que o medo do envolvimento amoroso é um sentimento bastante presente e perturbador para um grande número de pessoas. Resolvi então abordar esse assunto porque julgo muito danoso o domínio do medo sobre nossos desejos.
O medo tem função e é graças a essa emoção que nos protegemos e nos salvaguardamos de muitos perigos. Funciona como um sensor de riscos e perigos possíveis e prováveis. É de fundamental importância na preservação de nossa espécie e responde em muito pela sobrevivência da raça humana. Portanto não se constitui em algo a ser desprezado ou visto exclusivamente como negativo e motivo de sofrimento.
O problema começa quando o medo assume um papel dominante na vida das pessoas, provocando grande tensão e sofrimento frente a situações normais da vida. Viver implica em risco. O tempo todo. Todo tipo de risco. Aqui estamos tratando do medo do envolvimento amoroso.
Quando estamos iniciando um relacionamento ou a busca de alguém com quem viver um, vivemos incertezas e inseguranças inerentes ao contato com situações novas. O novo assusta, principalmente porque não nos permite ter um padrão de previsibilidade. Medo de sofrer, de não ter seu amor correspondido, de ser rejeitado, enganado, abandonado e/ou traído é comum a todos que estão vivendo essa situação. Essa possibilidade deve atuar sob a forma de prudência e jamais de evitação.
Infelizmente muitas pessoas ficam completamente contaminadas por esses temores e isso as impede de viver situações tão almejadas e sonhadas. Arriscar requer ousadia e sempre vale a pena pagar para ver. Caso contrário, a busca por alguém vai se tornar eterna porque, sem perceber, o medo acaba por contaminar todas as emoções. Muitos dos desentendimentos e cobranças entre os casais se devem a uma tentativa absurda de controle e comando sobre a vida do outro. Muitos ciúmes, brigas, ofensas, boicotes e manipulações seriam evitados se o medo se recolhesse a seu lugar. Importante, porém pequeno.
A coragem é o grande antídoto do medo. Precisa ser nutrida sempre com bom senso, raciocínio e argumentos.
Afinal qual é a graça de ir ao parque de diversões e ter medo de andar nos brinquedos?
Pense nisso e procure se abrir para a realização de seus desejos e sonhos. Sem medo.
Boa Sorte!